Simulado de abandono de prédio envolve mais de 200 pessoas no Hospital Regional de Marabá

Eram duas e meia da tarde quando o alarme de incêndio tocou nesta quinta-feira (14/6), no Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá (PA). Este foi o sinal para que a Brigada de Incêndio da unidade entrasse em ação para conter um suposto princípio de incêndio no refeitório. Pelos corredores, onde as lâmpadas já estavam apagadas e havia efeito de fumaça, colaboradores, acompanhantes e alguns pacientes observavam atentos a cena, que consistiu em uma simulação de abandono da área.

O exercício durou 22 minutos e teve como objetivo treinar os profissionais para agir em uma situação real de incêndio. O Corpo de Bombeiro Militar também foi acionado para dar suporte à ação, que envolveu mais de 200 pessoas.

À medida em que o alarme foi acionado repetidamente, colaboradores e usuários foram encaminhados pelos brigadistas para a área externa do prédio. Primeiro os trabalhadores que estavam próximo ao local onde supostamente ocorreu o incêndio; depois os outros colaboradores.

A retirada de pacientes também foi simulada pela equipe, com a ajuda de estudantes de enfermagem, da Faculdade Metropolitana, que se passaram por usuários das clínicas, Acolhimento e Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto. No caso da UTI Neonatal, onde ficam as crianças de até 28 dias de vida, a simulação foi feita com a retirada de um boneco dentro de uma incubadora. Até os operários que estão trabalhando na obra de reforma e ampliação da unidade participaram do treinamento.

Esta foi a primeira vez que a jovem aprendiz, Larissa Lima Costa, participou desse tipo de ação. 'Eu já tinha visto na televisão, mas nunca havia participado. Gostei muito e achei que todos levaram a sério o treinamento', disse a colaboradora do Serviço Auxiliar de Diagnóstico e Terapia. O envolvimento das equipes também foi pontuado pela assistente administrativa, Ester Campos. 'Achei bem interessante o apoio dos colaboradores para fazer acontecer esse momento'.

Já a colaboradora Wesleana Coelho ressaltou a importância dos treinamentos que antecederam a ação. 'A partir desse exercício prático tivemos noção do que fazer diante de um incêndio de verdade. E os treinamentos realizados antes ajudaram bastante porque, sem eles, eu não teria agido da mesma forma. Por exemplo, não saberia que deveria esperar a orientação do brigadista para sair da sala, para indicar a saída, nem entenderia que cada toque do alarme tem um significado', comentou ela.

Segundo a engenheira de Segurança do Trabalho, Joline Amorim, a simulação obedece à Norma Brasileira Regulamentadora nº 15.219, da Associação Brasileira de Normas Técnicas e deve ser realizada de acordo com a estrutura do prédio. 'Pela legislação, as organizações precisam realizar o simulado, no mínimo, uma vez ao ano. O hospital fará mais um até dezembro, com a participação de outros órgãos, como o SAMU e a Polícia Rodoviária Federal', adiantou a colaboradora.

O diretor-geral da unidade, Valdemir Girato, explicou que, além de treinar os colaboradores, o simulado também indica para a instituição se melhorias devem ser feitas na estrutura predial ou mesmo em relação aos equipamentos de segurança para reduzir os riscos de sinistro e tornar a evacuação mais rápida e segura para todos. 'Nos últimos 30 dias reforçamos as orientações junto aos colaboradores para que, caso ocorra um sinistro, todos saibam como proceder para garantir a segurança e o conforto dos pacientes internados. Além disso, nos próximos dias será feito um relatório com tudo o que foi observado durante o simulado, com o objetivo de melhorarmos sempre', informou o gestor.

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