Referência em alta complexidade, Hospital Regional de Santarém comemora 10 anos com cerca de cinco milhões de atendimentos

O Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém (PA), foi construído com o objetivo de oferecer atendimentos em média e alta complexidades para uma população de 1,1 milhão de pessoas residentes em 20 municípios do Oeste do Pará. Agora, a instituição completa dez anos. Nesse período, tornou-se referência para a região e alcançou o mais alto padrão de qualidade nacional, sendo considerado um dos melhores hospitais públicos do Brasil. A importância para a região é consolidada pelos números e depoimentos de usuários do serviço público.

“Este hospital é fundamental para região, se ele não existisse, a situação seria muito complicada, a gente teria que ir para mais longe. Aqui, tudo que você precisa você tem”, garante o trabalhador rural Delson Filho, de 29 anos, originário do município de Placas, explicando também o que o fez procurar o serviço de saúde. “Eu estava jogando bola, fui chutar e sofri uma lesão. Do Hospital Municipal, fui transferido para cá, onde foi feita uma biópsia e agora vou realizar a minha cirurgia. Sou bem atendido, os enfermeiros tratam a gente muito bem”, elogia. O HRBA presta serviço 100% referenciado, atendendo a demanda originária da Central de Regulação de Santarém

Delson vai passar por cirurgia ortopédica e já entrou em uma estatística crescente da unidade. Em dez anos de atuação, o Hospital Regional contabiliza 4.855.524 de atendimentos, tendo 32.365 cirurgias realizadas, 557.626 consultas, 4.158.487 exames, 68.806 atendimentos de Urgência e emergência, além de 38.240 internações. O caminhoneiro José Viana, de 43 anos, recupera-se de traumas causados por um problema sério da sociedade: acidentes de trânsito. “Eu tive dois acidentes de trânsito. O última foi em dezembro do ano passado”, relatou. “A importância deste hospital é muito grande, se não fosse ele, não nos recuperaríamos como deveria. Eu, com um mês de operado, já estou me sentindo muito bem”, pondera. Ele realiza sessões de fisioterapia.

O hospital é referência em Ortopedia e Traumatologia, Terapia Renal Substitutiva, Oncologia e Neurocirurgia. Em 2016, iniciou o programa de transplantes de rim e, desde 2012, realiza captação de órgãos. No Norte do Brasil, foi o primeiro hospital público a obter o certificado máximo de qualidade, a ONA 3 – Acreditado com Excelência, um dos maiores títulos da área da saúde e concedido mediante o cumprimento das melhores práticas hospitalares e de qualidade assistencial.

O diretor-geral da unidade, Hebert Moreschi, avaliou que a consolidação do Hospital Regional se tornou um marco na assistência prestada dentro Sistema Único de Saúde (SUS). “O HRBA completa dez anos de um investimento feito pelo Governo do Estado, que mudou a realidade da saúde do Oeste do Pará. Era inimaginável ter um hospital com essa estrutura, hoje é impossível pensarmos na saúde da nossa região sem o nosso hospital”, defendeu. Para Moreschi, a assistência de qualidade e segurança evita o deslocamento de usuários para outras regiões. “São milhões de atendimentos feitos durante esses dez anos, a população do Oeste do Pará assistida, levando atendimento de alta complexidade em áreas críticas que antes a população só recebia estando em um grande centro como Belém ou até mesmo indo para outros estados”.

A diretora de Enfermagem do Hospital Regional, Daniella Mengon, afirma que a resolutividade da unidade é fruto de um tripé, traduzido em capacitação de colaboradores, estrutura oferecida e atendimento humanizado. “Nós atendemos o usuário por completo, não só no seu atendimento referente ao estado físico e emocional, mas também relacionado a humanização”, argumenta. Daniella considera que a avaliação multiprofissional do paciente, sendo assistido nas suas peculiaridades, é fundamental. “Estamos na Amazônia, portanto, devemos atender o paciente indígena, por exemplo, considerando as suas peculiaridades, na forma de dormir, deitar e alimentação”. Para ela, a humanização é realidade desde o processo de admissão e alta do paciente. “Nós envolvemos a família e o colaborador nos cuidados que tem que ser prestados até fora do hospital, porque sabemos da condição que o usuário tem até chegar a sua casa. A logística para chegar é de barco, carro, ônibus, por isso, preparamos a família para ele possa dar continuidade”.

Além da questão assistencial, a economia da região foi impactada, de forma favorável, com a presença da unidade de saúde, que dispõe de 144 leitos e um centro cirúrgico com cinco salas. “Nós temos hoje cerca de 1.300 profissionais ligados ao hospital, ou seja, são empregos diretos gerados, o que movimenta a economia da nossa região e é fonte de renda, formando também profissionais que podem atuar nos municípios vizinhos”, afirma o diretor Hebert Moreschi.

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