Novembro Azul: Urologista faz palestra sobre a saúde do homem no IEC

A ideia de que o homem não é frágil e é o provedor do lar atrapalha muito os cuidados com a sua saúde. A afirmação é do médico urologista Paulo Salustiano, que ministrou a palestra “Saúde do Homem: Além do Novembro Azul”, no último dia 11/11, no Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (IEC), no Rio de Janeiro (RJ).

Segundo o especialista, esses mitos fazem com que os homens só procurem os consultórios e hospitais quando o problema de saúde já está instalado, o que complica bastante o tratamento e a possibilidade de cura.

“Até os 44 anos, a maior causa de morte de homens no Brasil é externa, como acidentes e homicídios mas, a partir daí, as maiores incidências passam a ser as doenças cardiovasculares e os cânceres. Durante toda a vida, eles estão também mais suscetíveis do que as mulheres aos vícios em álcool e drogas e às DSTs e Aids”, explicou o médico.

Durante a apresentação, Paulo Salustiano falou, ainda, sobre o câncer de próstata, e comentou que nos países desenvolvidos o número de mortes em consequência desta doença é muito menor do que as ocorrências registradas, o que indica uma procura precoce aos serviços de saúde, o que não ocorre na América Latina, por exemplo. Daí a importância dos exames de diagnóstico, que são o toque retal e o exame de sangue (PSA). A orientação é que seja obrigatório a partir dos 50 anos, e a partir dos 45 anos, em caso de fatores de risco (genética, afroascendência e obesidade).

O médico abordou, ainda, outros assuntos que afetam a saúde do homem, como o HPV, que atinge 75% da população sexualmente ativa entre homens e mulheres; disfunção erétil; e ainda planejamento familiar, detalhando as regras e as técnicas para se fazer a vasectomia. De acordo com Salustiano, o recurso não é muito utilizado porque os homens temem que o procedimento possa causar impotência, o que é totalmente mito.

A campanha do Novembro Azul surgiu na Austrália, em 2003, com o nome “Movember”, a união das palavras mustache (bigode) e november (novembro), e foi trazida para o Brasil em 2008. É principalmente dirigida para a população masculina entre 20 e 59 anos, o que significa 55% dos homens no País.

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