No Dia Mundial do Câncer, HRBA combate a doença com diagnóstico precoce e atendimento de qualidade

“A minha família se sentiu impactada. A gente nunca acha que vai acontecer com a gente”.  O diagnóstico de um tumor na bexiga fez a família de Abelardo Júnior reviver os medos de ter um familiar com diagnóstico de câncer. Atualmente, ele está em tratamento no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém (PA), que é referência no tratamento oncológico para a região amazônica. Anos antes, ele viu o pai morrer vítima da doença. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de mortes no Brasil, por conta de câncer, aumentou 31% desde 2000 e chegou a 223,4 mil pessoas, por ano, no final de 2015. Os dados foram divulgados para marcar o Dia Mundial do Câncer, neste sábado, 4 de janeiro.

O câncer de Abelardo, aos 45 anos, foi detectado no estágio inicial da doença durante uma cirurgia para eliminar cálculos renais.  A OMS quer estimular a descoberta da doença em um estágio ainda inicial e, assim, reverter essa expansão. 'No HRBA, fazemos uma medicina preventiva, na qual levamos a atuação diretamente à comunidade com palestras e acompanhamentos. A prevenção diminui a chegada de pacientes com neoplasias avançadas. Aqui no hospital, com a prevenção, conseguimos tratar o nosso paciente e possibilitar acesso a um atendimento de excelência sem que ele precise se afastar da sua família ', explicou o coordenador de Oncologia da instituição, Marcos Fortes.

O serviço de Oncologia no HRBA, que é referência para uma população estimada em 1,1 milhão de pessoas, residentes em 20 municípios do oeste do Pará, mudou a realidade na região. Funcionando desde 2010, o parque radioterápico da unidade reduziu distâncias e facilitou o acesso. “Verifiquei que o mesmo tratamento que eu teria em Belém, poderia ter aqui em Santarém, e sem os custos financeiros de estar longe de casa”, avaliou Abelardo. “Hoje, nós somos o segundo maior polo de atendimento oncológico no Pará. Aqui, o serviço de oncologia cresce, a cada dia, com excelentes profissionais, e com a estrutura necessária, resultando em um serviço de excelência e, quem ganha com isso, é a população”, destacou o diretor-geral do HRBA, Hebert Moreschi.

Atualmente, 1.308 pessoas fazem tratamento oncológico no HRBA. No mesmo período do ano passado, eram 1.060 pacientes. Em 2016, o HRBA realizou 10.366 sessões de quimioterapias e cerca de 24.000 sessões de radioterapia. Ao todo foram feitas, no ano passado, 17.772 consultas oncológicas.  

Tipos

Os tipos mais comuns de câncer, entre as mulheres em tratamento no HRBA, são: colo de útero (34%), mama (26%) e pele (14%). E a faixa etária com maior incidência é de 40 a 59 anos, com 41% dos casos. Já os casos em mulheres com mais de 60 anos representam 39% das pacientes. A amazonense Sirley Bezerra é um rosto atrás dessas estatísticas. Aos 46 anos, durante o autoexame de mama sentiu um nódulo. “O câncer é uma doença silenciosa. Eu tento superar ele todo dia e estou muito melhor com o tratamento no hospital”, disse. 

Em homens, os tipos mais comuns em tratamento na unidade, são: próstata (27%), pele (23%) e estômago (17%). Quase 60% dos atendidos têm mais de 60 anos. Homens de 40 a 59 anos aparecem entre 27% dos pacientes.

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