Hospital Metropolitano recebe iluminação especial para o “Setembro Verde”

O Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) aderiu à campanha “Setembro Verde”. A fachada da unidade foi colorida com luzes verdes para chamar a atenção sobre a importância da doação de órgãos e tecidos.

A unidade, gerenciada pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), inicia nesta segunda-feira, 25/9, uma semana especial com programações dedicadas à sensibilização dos usuários para doação de órgãos e tecidos.

A Organização de Procura de Órgãos (OPO), setor do HMUE responsável pela captação de doações de órgãos e tecidos, preparou uma programação especial para a data. O setor também levou a experiência da unidade para profissionais de outras unidades de saúde durante o II Curso Teórico de Capacitação em Doação de Tecidos Oculares promovido pela Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos no Pará (CNCDO), no último dia 12/9.

No evento, os colaboradores do HMUE falaram da rotina de trabalho na procura de órgãos e de como sensibilizam as famílias para a doação. A coordenadora de Enfermagem da OPO, Fátima Albuquerque enfatizou a necessidade do esclarecimento das famílias para efetivar as doações. “Nosso papel foi falar aos outros profissionais que o transplante é um processo que beneficia alguém, mas não existe transplante sem doador e não existe doador sem familiar. A família é fundamental no processo de doação”, disse.

Para a coordenadora, o desafio de quem trabalha na procura de órgãos é falar sobre um assunto que ninguém gosta: a morte. “É um assunto que nós costumamos jogar para baixo do tapete, mas em algum momento precisaremos falar dele”, disse. O trabalho de sensibilização em um momento delicado o ponto de partida da OPO.

O setor possui enfermeiros e médicos que apoiam o processo de doação. Os profissionais esclarecem os familiares e responsáveis legais dos possíveis doadores sobre a situação do paciente e como, por meio da doação, outras pessoas podem ser ajudadas.

Com atuação durante as 24 horas do dia, a organização conta com seis enfermeiros, responsáveis pelo trabalho de busca ativa e notificação de potenciais doadores, além da coordenação do processo de doação desde a identificação até o momento da cirurgia de captação.

Doações no Hospital Metropolitano

De janeiro a agosto de 2017, os profissionais do HMUE conseguiram sensibilizar as famílias de 11 doadores de múltiplos órgãos. Com isso, 22 duas pessoas receberam rins e saíram da fila de espera por transplantes. Foram transplantados, ainda, 20 córneas, 11 fígados e 11 corações.

Em 2016, a unidade registrou 24 doadores de múltiplos órgãos.

Como funciona a doação

Qualquer pessoa pode ser doadora de órgãos e tecidos, desde que deixe seu desejo expresso durante a vida. A família também precisa ser comunicada. Não é necessário deixar nada documentado, nem registrado na carteira de identidade. Podem ser doadores os pacientes vítimas de morte encefálica com danos cerebrais irreversíveis, como traumatismo craniano, e pacientes que faleceram em decorrência de causas diversas.

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