Hospital Galileu investe em prática que garante maior segurança do paciente

Uma prática que garante a segurança do paciente utilizando material estéril para fixação de cateteres já vem apresentando resultados positivos dentro do Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), em Belém (PA). O hospital que, em agosto de 2017, recebeu do programa Soluções Integradas para Saúde – 3M, a certificação Diamante em Fixação Segura de Cateteres, ao abolir totalmente a utilização de micropore e esparadrapo para a cobertura de acessos venosos, identificou que neste período reduziu os casos de flebite mecânica – que são inflamações na veia ocasionadas por manuseio incorreto de cateter.

Como reconhecimento pela adesão a cobertura estéril e os resultados alcançados neste período, a equipe de Enfermagem do Hospital Galileu recebeu, nesta quinta-feira, 7/12, um certificado da 3M por desenvolver as melhores práticas em Fixação Segura de Cateteres. O gerente de Contas da 3M da região Norte, Sylvio Margonar, elogiou a disposição da equipe de Enfermagem da unidade ao aderir ao programa.

Unidade gerida pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o Hospital Galileu é, atualmente, a única unidade pública da região Norte a obter a certificação de Fixação Segura. De acordo com a diretora Assistencial do HPEG, Daniela Castro, a implantação da cobertura estéril no hospital surgiu com o objetivo de garantir maior segurança ao paciente, reduzindo riscos de infecção de corrente sanguínea, flebite mecânica, e outras complicações advindas do acesso venoso.

“O Hospital Galileu já nasceu com essa ideia de ser um hospital diferenciado, não só em Belém, mas na Região Metropolitana, de ser um hospital de fato referência dentro do serviço que ele oferece. A certificação vem para complementar essa qualidade, porque na medida que nós temos uma qualidade de produto, de uma técnica, de uma rotina, vamos ter uma qualidade maior para o nosso usuário que está internado”, declarou Daniela Castro.

Enfermeira da unidade há mais de dois anos, Hanna Azevedo, enfatizou a importância dos treinamentos e da conscientização da equipe para que a fixação segura se tornasse parte da rotina da equipe de Assistência. “Antes eu não tinha essa visão de que a gente fazia um procedimento todo estéril para no final ‘estragar’ essa esterilidade ao colocar um esparadrapo, um micropore, que não são curativos estéreis. Então, abriu uma nova visão para a gente, e nos fez repensar todo o processo da Enfermagem e o benefício que isso traz para o paciente”, afirmou.

Wanessa Silva, enfermeira do setor de Educação Continuada, foi uma das responsáveis por treinar a equipe, e credita os resultados positivos ao trabalho de conscientização feito com todos sobre os benefícios que viriam com a nova prática. “A gente não diz só que tem que fazer, a gente mostra o porquê de fazer, e quando eles entendem esses motivos, a adesão é muito maior do que se fosse imposto. Com os treinamentos, eles conseguiram entender a importância de utilizar a cobertura estéril e que ela era nossa melhor alternativa para prevenir flebite, infecção de corrente sanguínea”, explica.

Segundo a enfermeira, a cobertura estéril apesar de ser mais cara do que os habituais esparadrapos também trarão maior custo benefício para a unidade, demonstrando a experiência na gestão de recursos públicos. “A priori utilizar uma cobertura estéril é muito mais caro do que utilizar um esparadrapo, porém sempre é maior vantagem prevenir flebite, infecção de corrente sanguínea, e etc, do que tratar utilizando antibióticos que é muito mais caro” concluiu. 

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