Especialistas debatem sobre o AVC em ciclo de palestras do Hospital Regional de Santarém

No dia 29/10 é lembrado o Dia Mundial de Combate ao AVC e, para chamar a atenção para a prevenção e tratamento da doença, o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém (HRBA), realizou o “Ciclo de Palestras para Conscientização do Acidente Vascular Cerebral: uma visão multidisciplinar”. O evento, promovido em parceria com os acadêmicos de Medicina da Liga de Neurologia e Neurocirurgia do Tapajós, aconteceu durante as noites de 26 e 27/10, no auditório da Universidade do Estado do Pará (Uepa). No domingo, 29, ainda será realizada a blitz informativa na orla de Santarém, a partir das 18h.

Foram nove palestras e uma mesa-redonda que abordaram diagnóstico, prevenção, tratamento e reabilitação. “A conscientização da importância do tema já é o primeiro passo para começarmos a mudar as estatísticas e a abordagem do AVC, que sabemos que é muito precária, de uma maneira geral. No norte, a realidade ainda é muito distante das possibilidades de tratamento que existem”, explica a coordenadora do evento, neurologista Diane da Costa Miranda.

Os assuntos foram direcionados a profissionais e estudantes da área da saúde. “O tratamento do AVC é multidisciplinar. Queremos tirar a imagem de que AVC é neurologista que cuida. Não é, temos outras especialidades médicas e outros profissionais, como fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais… é preciso entender que atuar de maneira correta nesses casos é fundamental”, diz a médica.

O Acidente Vascular Cerebral é uma das maiores causas de morte e incapacidade adquirida em todo o mundo. Estatísticas fornecidas pelo Ministério da Saúde indicam que o AVC é a causa mais frequente de óbito na população adulta brasileira (10% dos óbitos) e consiste no diagnóstico de 10% das internações hospitalares públicas no Brasil. “É fundamental a atuação dos profissionais na prevenção das doenças, agindo de forma integrada. E, durante o tratamento, cada vez mais os hospitais que buscam a excelência no atendimento, quando são avaliados, são cobrados quanto à participação da equipe multiprofissional na recuperação do paciente, para que ele receba tudo aquilo que ele precisa, não só fisicamente”, afirma o diretor de Ensino e Pesquisa do HRBA, Luiz Fernando Gouvêa.

O AVC, que pode ser de dois tipos (hemorrágico ou isquêmico), é responsável não somente por altas taxas de mortalidade, mas também por sequelas que podem ser graves. “Não existe apenas um fator que causa o AVC, existem vários fatores. E, enquanto fisioterapeuta, eu posso afirmar como é ruim para o paciente sofrer um AVC, como é difícil a reabilitação dele. Precisamos realmente ter a percepção do acompanhamento multiprofissional desse paciente e, de preferência, evitar. Sempre é melhor trabalhar ações preventivas”, finaliza a coordenadora do campus da Uepa-Santarém, Silvânia Takanashi. 

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