Voluntários alegram pacientes em hospital de Mogi das Cruzes – TV Diário

A equipe de médicos do Hospital Municipal de Brás Cubas agora conta com mais um reforço para o tratamento das crianças. Cerca de 20 voluntários se revezam para fazer visitas aos pacientes vestidos de palhaços.

O dia de Rubens Pires de Almeida começa logo cedo. Junto com a família ele toma o café da manhã e gosta de regar as plantas. “Aqui a gente passa o tempo e acaba aliviando o estresse do dia-a-dia”, diz.

Rubens segue a rotina de um trabalhador comum: depois do café vai para o trabalho. Atualmente ele e a esposa comandam uma loja de autopeças. Antigamente ele trabalhava como taxista, mas cansou-se do estresse e da correria.  O comerciante acredita que conseguiu encontrar a qualidade de vida que procurava e ainda consegue ajudar ao próximo.

Todas as segundas-feiras sua esposa é a responsável pela preparação desta atividade. Ela separa as roupas coloridas que o marido vai utilizar. “Praticamente sou eu quem faço tudo. Ele tem a ideia, vou na costureira, faço a maquiagem e vou pegando ideia pela internet e fazendo o melhor”, conta Rita de Cássia da Silva.

Fazendo brincadeiras, Rubens alegra os pacientes do Hospital Municipal de Brás Cubas. Somente a sua chegada já muda a expressão das crianças que aguardam no Pronto Socorro da Pediatria.

Com as bolhas de sabão e com uma maleta cheia de bugigangas nas mãos ele consegue alegrar a todos, inclusive os adultos que acompanham as crianças. “Para empolgar eles, a gente acaba se divertindo também. Tem criança, igual meu filho, que é mais tímida, então eu pego no colo e vai animando”, conta o pai Felipe Rocha da Silva.

Apesar da doença, o momento de alegria faz surgir um sorriso no rosto. “Esquece da febre, da dor. É bom”, afirma Cibele Pereira. Jacqueline Faria de Moraes também aprova a iniciativa. “Ele vê essas coisas e esquece que está doente.”

O trabalho de Rubens dura quatro horas, uma vez por semana. Ao todo, são 20 voluntários que se dispuseram a ajudar o próximo sem receber nada em troca. De acordo com a coordenadora desses voluntários, eles ganham um pagamento melhor. “As pessoas vêm dizendo que elas querem fazer o bem. É isso que a gente escuta muito, não importa as condições, não importa nada. Eles querem vir e realmente fazer o bem. Inclusive há aqueles que já passaram pela situação de alguém acamado, de alguém que ficou no hospital”, explica Karin Melo.

Vera Lúcia Camargo está no quinto semestre do curso de Serviço Social e há um mês é voluntária no setor de especialidades do hospital. “É gratificante. Eu tenho tempo indeterminado para fazer esse trabalho. A gente tem é que ter o dom para fazer.”

No final do expediente, Rubens vê os resultados. “Você vê que o ânimo das crianças já muda, na chegada mesmo. A gente sabe que ela está meio doentinha, sabemos os limites dela e quando você vê ela sorrindo, a gente vê que está fazendo a diferença.”

Por enquanto não há inscrições abertas para o trabalho de voluntários. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: 4791-7780.

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