O Hospital Memorial Arthur Ramos foi palco, nesse domingo (20), do procedimento em que se utiliza uma forma de suporte cardiorrespiratório artificial, permitindo o repouso e recuperação pulmonar e cardíaca, e evitando as complicações decorrentes do uso de formas convencionais de tratamento. Segundo a assessoria da unidade hospitalar, esta foi a primeira vez em Alagoas que uma equipe médica aderiu ao recurso denominado ECMO – sigla para o termo Extra Corpórea Membrana Oxigenação.
O procedimento cirúrgico foi executado por uma equipe de quatro profissionais vindos do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), sediado no Recife/PE, centro de referência no Nordeste.
O cirurgião cardíaco Fernando Figueira comandou o procedimento, acompanhado de outro cirurgião, um fisioterapeuta e uma instrumentadora. O suporte de vida extracorpórea é responsável pela circulação artificial externa que transporta sangue venoso do paciente a um dispositivo de permuta de gás (oxigenador), onde o sangue é enriquecido com oxigênio e tem o dióxido de carbono removido. Após este processo, o sangue retorna à circulação do paciente.
“Este dispositivo pode dar suporte cardíaco ou respiratório ao paciente. A intenção é substituir, temporariamente, as funções cardíaca e pulmonar, enquanto ele está se recuperando de um transplante ou de uma insuficiência cardíaca ou pulmonar grave. No caso de ontem [domingo], a máquina atuou apenas como suporte respiratório, funcionando como um pulmão artificial”, explicou Fernando Figueira.
O paciente segue em observação na UTI do Hospital Arthur Ramos e deve ser transferido para um hospital paulista na madrugada de hoje. Segundo o médico responsável, o procedimento foi um sucesso, mas o paciente ainda necessitará do aparelho ao menos por mais 10 dias, a fim de que o pulmão possa se recuperar.
