Menos peso e mais qualidade de vida através da cirurgia bariátrica

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Iniciativa do Governo do Estado atendeu 240 pessoas só no ano passado e proporciona aqueles que forma operados, maior autoestima e uma vida mais saudável

O ano de 2013 foi especial para 240 pessoas que, juntas, perderam mais de uma tonelada, recuperando qualidade de vida através do programa de Cirurgia Bariátrica do Governo do Estado, que funciona no Hospital Estadual Carlos Chagas (HECC), em Marechal Hermes. Além de dar uma nova forma física aos pacientes, o espaço onde funciona o projeto também foi remodelado. Desde de 2010, quando o programa foi iniciado, 696 pacientes foram operados.

Em 2013, resultados do programa de Cirurgia Bariátrica foram apresentados no exterior. Foi mostrado que pacientes atendidos no HECC tiveram pós-operatório melhor que pacientes atendidos na rede particular. O estudo, feito pelo coordenador do programa, Cid Pitombo, foi apresentado em novembro no maior congresso de obesidade do mundo, o Obesity Week, que aconteceu em Atlanta, Estados Unidos. O estudo comparou 200 pacientes obesos do HECC com pacientes de fonte de renda maior atendidos em hospitais privados.

“O obeso tem dificuldades em se inserir socialmente, não tem emprego, precisa de remédios para hipertensão, entre outras doenças decorrentes da obesidade. Quando ele opera, passa a ter autoestima, o que o impulsiona a ter novos relacionamentos, procurar emprego e, mais saudável, deixa de ir ao médico, cirurgias deixam de ser feitas. Com isso, há diminuição de seguro-desemprego, de licenças por doença, de ocupação de leitos. Os custos para o Estado diminuem”, destaca o médico.

A maioria dos pacientes que passam pelo Programa de Cirurgia Bariátrica é formado por mulheres. Dos 240 pacientes de 2013, 192 são do sexo feminino, enquanto apenas 48 são homens.

Para a paciente número 600, Claudia de Souza Andrade, de 40 anos, o ano foi de recuperar a autoestima, arrumar um novo emprego e livrar-se de roupas largas. Ela foi operada em agosto, já perdeu 33 quilos em apenas cinco meses e já voltou a trabalhar.

“Antes, minhas calças eram feitas sob medida pela minha mãe. Agora, eu já consigo comprar roupas. Estou ótima, voltei a trabalhar e estou feliz. Faço o acompanhamento mensal no hospital com psicólogo e nutricionista do programa. Não posso relaxar”, afirmou.

Os pacientes que frequentaram o programa ao longo de 2013 sentiram diferença nas instalações. Foi realizada uma obra na unidade, deixando o espaço mais funcional e bonito para os pacientes. O ambulatório foi ampliado com a construção de dois novos consultórios, sala de multimídia para reuniões em grupo e ampla recepção.

O paciente que deseja realizar uma cirurgia bariátrica pelo programa deve procurar um atendimento ambulatorial mais próximo de sua casa para que um médico faça uma primeira avaliação, verificando se a cirurgia é necessária ou não. Se a operação for indicada, o médico solicita uma segunda avaliação para a Central de Regulação de Cirurgia Bariátrica do Estado, que encaminha o pedido de forma online ao HECC. O paciente é contatado e tem uma consulta de avaliação marcada. E, importante, não há fila de espera. O paciente que tiver Índice de Massa Corpórea dentro do indicado (maior que 40kg/m² ou maior que 35kg/m² quando associado a fatores de comorbidade, como hipertensão e diabetes, entre outros), que preencham os pré-requisitos do Ministério da Saúde e não tiverem doenças graves associadas são avaliados, preparados e operados. A equipe do médico Cid Pitombo acompanha todo o pós-operatório especializado, com orientações de nutricionista, psicólogo e avaliação periódica pelo cirurgião.

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